quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
Meus anos de criança ,
As uvas de Porto Santo ,que nos ano 1959 eram a riqueza de uma ilha ,eu e outras crianças quando chegava a altura da vendima ,era uma alegria para se correr atrás do carro de vacas que levava as tinas cheias de uvas para o lagar ,a nossa ideia era que ao cair um cacho de uvas no chão se pudesse apanhar para podermos comer, mas quem levava o carro muitas vez voltava atrás o apanhava e corri com as crianças e novamente o colocavam na tina ,se ficava triste mas era assim a ideia de um povo ,que nem percebiam a ideia das crianças era comer uvas ,e nós inocentes se ia até ao lagar ver as uvas serem carregadas para dentro dele ,eu adorava ver os homens entrar para dentro e com os pés pisar as uvas ,por ali ficava até que um deles disse-se para ir embora para casa .No outro dia se as vinhas fossem próximo de minha casa ,eu e uma prima minha Fátima lá se ia com ou sem cestinho ,apanhar uns restos que eles deixavam pequeninos era uma alegria coisas de criança que se passava fome de fruta sem saber, porque os nossos pais nunca compravam fruta, talvez eu e minha prima se tivesse tudo mais sorte porque se tinha família na outra ilha que era a Madeira ,uma ilha com muita fruta na altura. Os meus pais e a minha tia mandava sempre pelo Natal um galo para o dia de Natal ,e a família retribuía com futa e outras coisas, e assim só de ano a Ano se tinha essa riqueza principalmente a laranja e a banana na nossa mesa ,era pouco para cada um mas para mim o que importava era ver na mesa aquilo que não via o ano todo .hoje se tem tudo e pouco damos valor à natureza que nos dá a maior riqueza que é a fruta ,hoje essas lindas vinhas algumas estão secas ,outras foram vendidas ,porque os filhos daqueles que trabalharam se desfizeram de tudo por dinheiro e assim a riqueza da uva se foi , homens que trabalhavam de sol a sol com sua enxada para verem e terem as suas vinhas e o seus vinho que era exportado muito dele para a Madeira para fazer o famoso vinho Madeira e do bom vinho que dava ,são poucos os que com amor há terra que seus pais deixou ainda a cultiva. Aqui deixo esta pequena recordação da minha infância .felizarda faustino.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Recordar o melhor da minha infância.
Ainda hoje ! sinto amor pela minha primeira boneca de trapo ,feita pela mão da minha madrinha de Batismo tinha eu os meus 4 anos de idade .Me lembro como se fosse hoje ,foi uma recordação que jamais uma criança esquece. Era esta senhora que está na foto era minha Madrinha seu nome Maria do Nascimento Melim ,depois de me ter oferecido a boneca nunca mais vim a saber dela ! Só mais tarde vim a saber que esteve em Porto Santo mas eu já tinha saído da ilha casada e vim para Lisboa Ela casou e foi para o Brasil ,não sei se será viva ainda , e não sei se alguma vez a irei ver adorava a ver novamente ,mas a boa recordação guardarei no meu coração . No Porto Santo no ano de 1953 as bonecas para crianças eram feitas pelas próprias mães ,quando elas tinham paciência ,a seguir havia outras de papelão que eram vendidas nos Arraias das três Igrejas da ilha , eram vendedores que vinham da Madeira e traziam tanta coisa para criança , penduravam no toldo da barraca , e nós crianças só a olhar vezes sem conta para as bonecas 🎎 ,mas feliz era a criança que seus pais podia comprar um brinquedo. Mas eu fiquei feliz com a minha boneca de pano até os dias de hoje com os meus 70 Anos. A minha madrinha era uma grande amiga de minha mãe e das minhas tias pois cresceram juntas . Sua casa era próximo . Hoje a casa onde vivia que era de seus pais ainda existe porque foi vendida a um casal da Madeira , esse casal já morreu mas continua os filhos que sempre tentaram manter a casa como ela era fazendo poucas alterações.
Maria do Nascimento Melim.
Mais tarde tive outra boneca que foi comprada numa festa do Arraial de Nossa Senhora da Graça ,fiz uma grande birra para ter essa boneca ,era feita de massa e os meus pais não a queriam comprar porque sabiam que era minutos nas minhas mãos e assim foi começou a ficar mole e lá se foi a boneca ,ao chegar a casa levei que contar por querer a boneca ,era um encanto andar pela mão dos meus pais e ver as barracas de vendedores da Madeira com brinquedos pendurados.
Estas eram as tais bonecas feitas de farinha ,era e é fabrico Regional da Madeira penso que já deve ter alguns 100 anos se não me engano não deve de faltar muito porque em 1954 já havia essas bonecas. Logo a seguir havia uns colares de rebuçados e todas as cores era das crianças irritar os pais a pedir ,e que os nossos pais não tinham um tostão que era o escudo dessa altura para comprar .Também de fabrico madeirense .
Mais tarde com os meus 50 anos num Arraial comprei estes colares de todas as cores ,só para ter o prazer de ter o colar de rebuçados ,que ao chegar a casa de minha mãe ela se riu e disse muito pediste tu e teus irmãos mas não se tinha dinheiro na altura.
Me lembro do meu irmão a seguir a mim ,o João Augusto que ficava com os olhos a brilhar para estes carrinhos
mas como era mais calado ,nada dizia nada .Uma altura no Natal de 1959 ,não me esqueceu alegria que ele teve e meu irmão António por meu pai lhes ter colocado no sapinho um era de cor verde e o outro amarelo ,alegria deles era tanta que nem lembro do que tive nesse ano no meu sapato e já tinha 9 anos ,me distraí mais com a prenda deles coisas de infância que custava a ter e que se dava valor ao pouco que se recebia ,hoje as crianças tem de tudo e são poucos os que dão valor veremos agora que esta pandemia veio para ficar e ensinar muita coisa, se aprenderem.
mas como era mais calado ,nada dizia nada .Uma altura no Natal de 1959 ,não me esqueceu alegria que ele teve e meu irmão António por meu pai lhes ter colocado no sapinho um era de cor verde e o outro amarelo ,alegria deles era tanta que nem lembro do que tive nesse ano no meu sapato e já tinha 9 anos ,me distraí mais com a prenda deles coisas de infância que custava a ter e que se dava valor ao pouco que se recebia ,hoje as crianças tem de tudo e são poucos os que dão valor veremos agora que esta pandemia veio para ficar e ensinar muita coisa, se aprenderem.
157 02/2021 felizarda drumond faustino. A partir deste natal tudo começou a mudar , pois já os meus pais tinham mais um filho 😍 seu mais um irmão, já éramos quatro e o pai Natal começou a colocar só rebuçados e alguns amendoins.
Hoje 22 de janeiro de 2025 não consigo dormir por causa da grande trovoada e muita chuva, e ando por os meus blogs e encontrei a grande recordação da minha boneca, e me recordei que tive uma prenda de Natal da minha tia irmã do meu pai tinha eu 7 anos uma tábua muito gira de passar a ferro pequenina que nunca brinquei com ela porque a minha mãe sempre a guardou para eu não estragar, e mais tarde quem brincou com ela foi a minha irmã mais nova, coisas de mães do meu tempo.
Engraçado que encontrei uma quase parecida a minha o pano era rosa, as coisas que o nosso cérebro não esquece, só espero nunca me esquecer no presente já com a idade que tenho, espero continuar lúcida, quando se tem pouca coisa nos recordamos de tudo , quando se tem muito não damos valor.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Por onde andam.
A casa que era conforto.
Virou a nossa prisão.
Mas ainda temos sorte .
De ir buscar o nosso pão.
Me mata este silêncio.
Me aperta o coração.
Mas há sempre alguém pior.
No meio desta confusão.
Só se ouve o som do mar.
E o silêncio da morte.
Andamos cá neste mundo.
Entregues há nossa sorte.
Na minha volta da manhã ,tudo está assim, por onde anda aqueles que me davam o bom dia.domingo, 20 de dezembro de 2020
Pandemia
Meu Deus nem quero pensar.
Neste Natal de aflição .
Ela afasta pais filhos e netos.
No meio desta confusão.
Ela tira o pão a muitos.
Dá sofrimento dá dor.
É uma prova muito grande.
Para mim que sou pecador.
Porque não a vemos nós.
Só sentimos sua dor.
Senhor eu te peço.
Te peço de coração.
Que olheis pelo Mundo.
E nos dês a tua mão.
felizarda d faustino.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Natal.
Natal ,em Altura de Pandemia.
Que as doze badaladas.
Te encha de Saúde.
E de muita alegria.
II
Para isso fomos feitos.
Para lembrar ,e sermos lembrados.
Para chorar ,e fazer chorar.
Para Amar e fazer amar.
felizarda d. faustino.
sábado, 5 de dezembro de 2020
Contar com orgulho .A minha mãe.
Contar ,o bom que se viu. para nunca esquecer.
É dar valor ao Passado ,e com ele aprender.
O Passado é aquele que te deu educação.
Porque Passado ,e Presente ,
andam sempre pela mão.
Se te esqueces do Passado ,anda tudo em confusão.
Anda o Passado esquecido ,e o Presente em ilusão.
Coisas ,que meu coração sente.
Eu aqui pela mão da minha mãe com um ano e picos de idade , no adro da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, que fica no centro da Cidade de Porto Santo .Me lembro muito bem desse vestidinho , era branco com uns cavalinhos castanhos, eram feitos por uma tia minha irmã de meu pai , que fazia ela própria pois era costureira , toda a roupa que eu vesti em pequena eram feitos por ela , e enviados em nome de meu pai , para eu vestir,de Vila Real de Santo António ,do Algarve . Pois meus pai era algravio e foi trabalhar para Porto Santo para eu Fábrica de conservas, e por lá casou com a minha mãe , a minha origem é metade algarvia e outra metade portosantense. Me lembro muito bem alegria de meu pai quando a minha tia lhe enviava qualquer encomenda ,pois ela tinha sempre o cuidado de lhe mandar revistas , e jornais do algarve para ele tomar conhecimento do que se passa na sua terra ,pois Porto Santo em 1952 pouco ou nada tinha de papelarias que meu pai compra-se jornais ,e assim aproveitava sempre que alguém vinha ao Continente ,e lhe perguntavam que queria da sua terra e ele respondia jornais, até que um dia mais tarde foi assinante e já recebia o jornal porque a partir de 1962 foi inaugurado o Aeroporto e daí haver mais correspondência já não era preciso ir para a Madeira de barco, e depois de volta vir para Porto Santo nos barcos de carreira. Que antes do Aeroporto era os únicos transportes . Estes barcos e a companhia insulana com navios de transporte que passavam por Porto Santo, como o gorgulho, Madalena onde cheguei a fazer viagem para a Madeira. Depois começou uns pequenos barcos a fazer viagens de passageiros entre Porto Santo Madeira. Mais tarde foi daqui o lisbonense que ainda faz a travessia de Cacilhas Lisboa, mas o barco tinha o fundo direito para a travessia do rio e para o mar entre Porto Santo Madeira se tornava perigoso balançava muito. Sei que ouve um primeiro barco do que estes que vou mencionar , mas não me recordo, me recordo do pirata, Milano,Machiqueira . Hoje domingo 26 de janeiro fazia a minha mãe 92 anos se fosse viva , não há um único dia, que não me lembre da minha mãe , nas preocupações da minha vida me vejo no lugar dela, mas é preciso quando somos mãe passar pelos problemas do dia a dia para acreditar como a nossa mãe teve os mesmos problemas, mas que nós filhos não damos muito valor, é preciso chegar esse dia, 🌹 me lembro como ela me telefonava todos os dias , e assim que eu atendia o telefone , a pergunta dela do outro lado era sempre a mesma , está tudo bem, esta pergunta ❓ dizia toda a sua preocupação é a mesma pergunta ❓ que eu faço aos meus filhos. Sinto saudade de ter esse telefonema, que me ajudava muito, porque me acalmava , porque sabia que tinha alguém que se preocupava comigo.
Mãe estas rosas brancas são para ti em sentimento, quem me dera te poder as dar pessoalmente.
Agora em teu lugar tenho minha irmã Ana que me telefona , com suas preocupações e suas brincadeiras, porque também se encontra só , sua distração é só casa trabalho, todos nós temos os nossos problemas e assim vamos vivendo, até o dia que eu pela lei da vida serei a primeira a ir para tua companhia porque sou a mais velha ,e tu bem sabes, em breve voltarei aqui.🙏🙏🙏
No céu tu deves estar,
Mãe do meu coração ❤️
Pela vida que tiveste,
Deus te dará sua mão ✋
II
A tua vida na terra,
Foi sempre a trabalhar.
A cuidar de tanto filho.
Com o trabalho do teu lar.
III
Mãe nunca te ouvi uma queixa.
De tudo que nos faltava.
Só se via alegria.
No pouco que nos entrava.
IV
Minha mãe era pobrezinha.
Pouco tinha que para dar
Dava o pouco que tinha.
E logo se punha a ralhar.
Hoje dia 8 de março 2025 recordei a minha mãe , recordei pela sua força de mulher, mulher que ao princípio de cansada sempre trabalhou numa fábrica de conservas, perdeu seus primeiros filhos gêmeos ,e continuo a trabalhar ficando grávida de mim e depois do meu irmão João Augusto, só depois de um ter 3 anos e meu irmão com 9 meses ela deixou de trabalhar na fábrica para se dedicar aos filhos mas sempre trabalhando e tendo seus filhos , que no total foram nove, como agradecer a minha mãe a força e a coragem , só do desgosto que teve dos seus primeiros filhos, e depois a coragem de ter mais filhos, e novamente com mais uma morte de mais uma filha, e acabar por ver vivos seis. A coragem e a força era muita principalmente quando era para por comer na mesa sem ter, mas ela conseguiu por a mulher tem muita coragem, pois foi a ela que Deus deu coragem de ter filhos.🌷🌹.
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
O Tempo.
O Tempo ,é um velhinho ,
que nos ensina ,tanta coisa,
Sempre quis ,ficar velhinha ,a seu lado.
Que neste Natal ,ele nos traga,Um saco de muita saúde, para o mundo ,inteiro.
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