segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Recordar o melhor da minha infância.


 Ainda hoje ! sinto amor pela minha primeira  boneca de trapo ,feita pela mão da minha madrinha de Batismo tinha eu os meus 4 anos de idade .Me lembro como se fosse hoje ,foi uma recordação que jamais uma criança esquece. Era esta senhora que está na foto era  minha Madrinha    seu nome Maria  do Nascimento Melim  ,depois de me ter oferecido a boneca nunca mais  vim a saber dela !  Só  mais tarde  vim a saber que esteve em Porto Santo mas eu já tinha saído da ilha casada e vim para Lisboa Ela  casou e foi para o Brasil ,não sei se será viva ainda , e não sei se alguma vez a irei ver adorava a ver novamente ,mas a boa recordação guardarei no meu coração .  No  Porto Santo no ano de 1953 as bonecas para crianças eram feitas pelas próprias mães ,quando elas tinham paciência ,a seguir havia outras de papelão que eram vendidas nos Arraias das três Igrejas da ilha , eram vendedores que vinham da Madeira e traziam tanta coisa para criança , penduravam no toldo da barraca , e nós  só se olhava muitas vezes  ,mas feliz era a criança que seus pais podia  comprar  um brinquedo. Mas eu fiquei feliz com a minha  boneca de pano até os dias de hoje com os meus 70 Anos. Era uma grande amiga de minha mãe e das minhas tias  pois cresceram juntas .  Sua casa era próximo . Hoje a casa onde vivia que era de seus pais ainda existe porque foi vendida a um casal da Madeira , esse casal já morreu mas continua os filhos que sempre tentaram manter a casa como ela era fazendo poucas alterações.


Maria do Nascimento Melim.
Mais tarde tive outra  boneca que foi comprada numa festa do Arraial de Nossa Senhora da Graça ,fiz uma grande birra para ter essa boneca ,era feita de massa e os meus pais não a queriam comprar porque sabiam que era minutos nas minhas mãos e assim foi começou a ficar mole e lá se foi a boneca ,ao chegar a casa levei que contar por querer a boneca ,era um encanto andar pela mão dos meus pais e ver as barracas de vendedores da Madeira com brinquedos pendurados.
Estas eram as tais bonecas feitas de farinha ,era e é fabrico Regional da Madeira  penso que já deve ter alguns 100 anos se não me engano  não deve de  faltar muito porque em 1954 já havia essas bonecas. Logo a seguir havia uns colares de rebuçados e todas as cores era das crianças irritar os pais a pedir ,e que os nossos pais não tinham um tostão que era o escudo dessa altura para comprar .Também de fabrico madeirense .
Mais tarde com os meus 50 anos num Arraial comprei  estes colares de todas as cores ,só para ter o prazer de ter o colar  de rebuçados ,que ao chegar a casa de minha mãe ela se riu e disse muito pediste tu e teus irmãos mas não se tinha dinheiro na altura.
Me lembro do meu irmão a seguir a mim ,o João Augusto que ficava com os olhos a brilhar para estes carrinhos 

mas como era mais calado ,nada dizia nada  .Uma altura no Natal de 1959 ,não me esqueceu alegria que ele teve e meu irmão António por meu pai lhes ter colocado no sapinho  um era de cor verde e o outro amarelo ,alegria deles era tanta que nem lembro do que tive nesse ano no meu sapato e já tinha 9 anos ,me distraí mais com a prenda deles  coisas de infância que custava a ter e que se dava valor ao pouco que se recebia ,hoje as crianças tem de tudo e são poucos os que dão valor veremos agora que esta pandemia veio para ficar e ensinar muita coisa, se  aprenderem.
157 02/2021 felizarda drumond faustino. A partir deste natal tudo começou a mudar , pois já os meus pais tinham mais um filho 😍 seu mais um irmão, já éramos quatro e o pai Natal começou a colocar só rebuçados e alguns amendoins.






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